quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Na beira do precipício


Sinto que ser mulher é estar sempre a beira de pular de um precipício,

e esse precipício é a chance que damos a nós mesmas de nos adentrarmos.

Se pulamos ( e afortunadamente muitas vezes pulamos), plainamos suavemente, e numa intensa e ventosa queda vamos nos enxergando mais de dentro.

Nessa queda não há paradas intermediárias e vamos exatamente aonde teremos maior aprendizado.

Temos muitas opções de caminho.

Podemos voltar ao precipício que estavamos e tentar pular de novo ao mesmo vazio;

podemos buscar novos precipícios, mais profundos e obscuros.

A todo momento temos a escolha de voar ou ficar.

Ambas escolhas necessárias.

Podemos pular por muitos motivos.

As vezes também somos empurradas e empurramos.

É de grande importância estar presente em si nessa queda, para que nada se perca ou nos escape.

Meu coração alado se identifica com as que pulam respondendo a esse chamado de se profundizar.

Nesse momento somente invoco para mim e para todas, coragem, entrega, beleza e desfrute ao cair.

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