domingo, 20 de dezembro de 2009
Tudo o que cabe num grãozinho de areia...
quieta
escuto o inconfundível som das ondas
que nos revelam o continuo padrão da vida
ir e vir, contrair e expandir
na beira da mar vejo que sou ela, tão feminina e mulher
tão serena e quente mãe
ela é mulher de cachos brancos espumosos e corpo azul
repleta do masculino sal e da feminina água.
tão completa e profunda em sua própria existência
a mar fala mais de mim do que minha proteção medrosa permitiria
ela me conhece e conhece a todos que emergem e submergem em seu corpo, em continentes e tempos remotos, passados presentes ou futuros.
ela cresce e muda com as luas, como mulher que é, e como mulher que é também possuiu seus mistérios repletos de magia e encantos
ela como eu, segue tranqüila, e a nós duas não importa mais a crise, o medo, a doença, o movimento da tartaruga que sai de baixo do doce planeta que nos acolheu para nos proporcionar a chance de aprender e evoluir
nós duas vemos o segredo colado nas pálpebras dos que podem olhar-se.
esse segredo esta na mar. amar é o segredo.
eu, ela e todos os que se entregam e abrem seus olhos podem vê-lo refletido no outro.
ele também é dito docemente o tempo todo, sem pressa, no tempo da brisa que passa.
sabendo senti-lo, simplesmente somos e estamos, e isso nos preenche com tanta luz e movimento que vivemos a transbordar vida e prazer.
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Nati é minha lua do outro lado do mundo.
ResponderExcluirmundo.
mundo.
mudo.